Um pouco sobre Gregório de Matos....
UM POEMA DO SATÍRICO MAIS SÁBIO QUE JÁ EXISTIU
ALCUNHA
- Tristes sucessos, casos lastimosos,
- Desgraças nunca vistas, nem faladas.
- São, ó Bahia, vésperas choradas
- De outros que estão por vir estranhos
- Sentimo-nos confusos e teimosos
- Pois não damos remédios as já passadas,
- Nem prevemos tampouco as esperadas
- Como que estamos delas desejosos.
- Levou-me o dinheiro, a má fortuna,
- Ficamos sem tostão, real nem branca,
- macutas, correão, nevelão, molhos:
- Ninguém vê, ninguém fala, nem impugna,
- E é que quem o dinheiro nos arranca,
- Nos arrancam as mãos, a língua, os olhos.
GREGÓRIO DE MATOS A LENDA
GREGÓRIO DE MATOS A LENDAQuem foiGregório de Matos e Guerra foi um importante poeta colonial brasileiro do século XVII. Nasceu em 7 de abril de 1633, na cidade de Salvador (Bahia).Vida e obrasEra de uma família rica, formada por empreiteiros e altos funcionários administrativos. Estudou num colégio Jesuíta da Bahia e depois continuou seus estudos na cidade de Lisboa e depois na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito. Neste país fez carreira de jurista.
Ao retornar ao Brasil, passa a viver de trabalhos na área jurídica, mas também começa sua dedicação à literatura. Passa a escrever sátiras sobre a sociedade da época. Em função de suas críticas duras aos integrantes da sociedade (políticos, religiosos, empresários) ganhou o apelido de “boca do inferno”. Também escreveu poemas de caráter erótico e amoroso.
As autoridades locais começaram a ficar descontentes com as críticas e passaram a perseguir Gregório de Matos. Preso em 1694, foi deportado para Angola (África).
Depois de um tempo, ganha a autorização para retornar ao Brasil. Porém, vai viver na cidade de Recife. Nesta cidade, faleceu em 26 de novembro de 1696 de febre que havia contraído em Angola.
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